sexta-feira, 15 de maio de 2009

Viver não dói - Carlos Drummond de Andrade

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confianciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quantos momentos eu vivo
Vida de amores, de amigos.
Curto o agora porque só me resta
A liberdade.
Igualdade para que te quero
É a diferença
Que me habita e me consola.
Estou aqui no meu momento
Aquele instante
Que me leva a te encontrar
E a mim achar.

Carenina Pereira.



Soneto de Fidelidade

Vinicius de Morais

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.

sexta-feira, 8 de maio de 2009


" A investida de uma força conquistadora é como a irrupção de águas repressadas num abismo de mil braças de profundidade."



"O inimigo é com efeito um mestre precioso, se seguirmos esse raciocínio, poderemos acabar reduzindo as emoções mentais negativas. É o inimigo que nos dá a oportunidade de praticar a tolerância e a paciência."(Dalai -Lama)
É difícil ser prático quando queremos ser bem resolvidos, mas não é difícil quando se quer atingir a felicidade. Decisões simples que esclarecem entender o amor e o meu amor me surpreende. Nos complicamos por estranhar os possíveis caminhos fáceis para sermos felizes. Sentimos anceios por não acreditarmos na realidade concreta dos fatos, porém nos sentimos enganados quando percebemos que não pode ser tão simples assim,enquanto que na verdade, na evidência é. Assim, simplicidade existe e a felicidade insiste em nos acompanhar.
Carenina Pereira.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Este é um blog voltado para pessoas de alma viva e intensa!! É um espaço aberto para todos que desejam postarem algum comentário sobre algum facto real ou abstrato que tocam na alma profundamente.